20 de Abril de 2025
Domingo de Páscoa – A Ressurreição Reescreve a Realidade!
Introdução: Você já ouviu alguma daquelas histórias de “eu morri e voltei”? Elas prendem sua atenção? Com certeza prendem a minha. O que será que existe nessas experiências de quase morte que nos fascina tanto? Talvez seja porque, no fundo, todos queremos acreditar que a morte não tem a palavra final. Aqui vão alguns exemplos:
- Howard Storm – De Professor Ateu a Pastor Cristão
Howard Storm, um ateu convicto e professor de arte na Northern Kentucky University, passou por uma transformação profunda após uma experiência de quase morte em 1985. Enquanto estava em Paris, sofreu uma perfuração no duodeno e, durante um período de inconsciência, viu-se fora do corpo, confrontado por seres hostis. Em desespero, clamou por Jesus, que apareceu e o resgatou daquele tormento. Esse encontro o levou a abandonar o ateísmo, tornar-se pastor cristão e escrever o livro My Descent Into Death para compartilhar sua experiência. - Ex-combatente do ISIS – Uma Visão Que Mudou Tudo
Um ex-combatente do ISIS, cujo nome não foi revelado, teve uma visão transformadora após ser gravemente ferido em batalha. Deixado para morrer, foi resgatado por membros de uma comunidade cristã. Durante seu estado de quase morte, relatou ter sido conduzido ao inferno por entidades demoníacas e ter revivido a dor que causou a outros. Então ouviu uma voz lhe oferecendo uma escolha: morrer e ir para o inferno, ou voltar à vida e se arrepender. Ao recobrar a consciência, escolheu se converter ao cristianismo, crendo ter sido enganado em suas crenças anteriores.
A Páscoa é a experiência definitiva de retorno da morte. Exceto que, como enfatiza N.T. Wright, Jesus não voltou à vida normal. Ele passou pela morte e emergiu com um corpo transformado, inaugurando a nova criação. Sua ressurreição não foi uma reanimação—foi um ponto de virada histórico e cósmico. É isso que estamos aqui para celebrar hoje.
Vamos orar.
Leitura – João 20
(Leia João 20:1–18 – manter como está para leitura bíblica pública)
No livro Jesus and the Eyewitnesses, Richard Bauckham destaca que a presença de indivíduos nomeados, como Maria Madalena, aponta para testemunho ocular, e não folclore. Quando Maria diz: “Eu vi o Senhor”, isso não é metáfora—é uma afirmação real e histórica, fundamentada na autoridade de quem esteve lá.
Repare também—João situa esse momento num jardim. Quando Maria confunde Jesus com o jardineiro, isso não é acidente. Wright sugere que é a forma do autor sinalizar o início de um Novo Éden, com Jesus como o Novo Adão. A ressurreição não é o fim da história—é o início da recriação.
Hebreus 2
(Leia Hebreus 2:14–18 – manter como está para leitura bíblica pública)
A ressurreição de Jesus significa que mesmo nos lugares mais escuros da nossa vida, há poder disponível—agora mesmo—para trazer à vida aquilo que está morto.
Você pode ter refletido durante a Semana Santa sobre o quão sombrio foi aquele tempo para Jesus. Ele não passou por tudo aquilo cantando e celebrando. As Escrituras mostram que, embora seguisse com propósito, Ele também enfrentou muito medo e apreensão diante do que teria que enfrentar.
É aqui que precisamos, ou pelo menos devemos tentar compreender, que Deus é bom. Pessoas que procuram desculpas para não seguir a Deus adoram dizer: “Se Deus é tão bom, por que permite o sofrimento?” Muitos cristãos também lutam com essa questão. A verdade é que existe uma resposta, mas ela é difícil de aceitar: Bauckham nos lembra que o amor divino não se revela na fuga do sofrimento, mas na participação voluntária nele. A disposição de Deus em sofrer por nós e conosco é a revelação máxima de Seu caráter.
Servimos a um Deus que sofre. Por isso, muitas vezes a vida da ressurreição não apaga a dor, mas a transforma. Isso significa que você pode confiar sua dor a Ele, porque Ele venceu até mesmo a morte.
Sempre há Esperança
Há esperança porque o Deus que adoramos é um Deus de amor.
Há esperança porque Ele sabe como passar pelo sofrimento pessoalmente—e por isso pode nos ajudar em nosso sofrimento!
N.T. Wright: Hebreus nos mostra que Deus não nos salva à distância. Ele entra em nosso sofrimento—entra na carne e no sangue, na mortalidade. A vitória de Jesus sobre a morte não é distante—é profundamente encarnada e totalmente humana. Wright descreve isso como um Deus que vence a morte (e o sofrimento) de dentro, e não de cima.
Você e eu precisamos lembrar disso conscientemente quando estivermos lutando. Porque é na luta que o inimigo começa a sussurrar: “Se Deus é tão bom, por que você está passando por isso?” E, como Eva no Jardim, a maioria de nós escuta a pergunta. Deveríamos focar na obra de Jesus nesses momentos.
Por fim, há esperança porque Jesus venceu o fim mais poderoso do sofrimento: a morte!
Há Poder na Ressurreição! Você pode encontrar Deus hoje.
E se o mesmo poder que ressuscitou Jesus dos mortos estivesse disponível para você hoje? No seu casamento? Na sua depressão? Na sua dúvida?
Jesus viveu muitas das dificuldades da vida, morreu e foi sepultado. Ele enfrentou tortura e crucificação! Seu corpo sem vida foi colocado em um túmulo, com uma unidade militar romana postada como segurança para garantir que Ele permanecesse lá.
Mas o poder do maior império do mundo na época, combinado com o poder da morte, não foi páreo para o Espírito Santo de Deus. Poder, ressurreição e nova vida foram derramados sobre o corpo de Jesus naquele domingo de manhã, fazendo surgir os primeiros frutos do corpo recriado que todos nós um dia teremos.
Além disso, também sabemos pelos inúmeros testemunhos e pelas nossas próprias experiências com Deus através do Espírito Santo que o poder da ressurreição não é apenas para a próxima vida; ele pode ser experimentado nesta vida.
A cura acontece, o perdão acontece, a reconciliação acontece, ressurreição dos mortos acontece, libertação do pecado e da dependência acontece, nova vida e alegria acontecem! O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus habita em nós. A ressurreição não é apenas uma promessa para o fim—é um poder presente. A nova criação já começou.
Onde você precisa do poder da ressurreição hoje? O que parece morto, enterrado, selado por uma pedra? Você pode crer—nem que seja por um momento—que Jesus ainda remove pedras?
Vamos ficar de pé e ir ao ministério.
Convide o Espírito para trazer ressurreição agora—em corações, corpos e histórias. Convide ao arrependimento e à salvação.